Acadêmicas de Jornalismo são aprovadas pela banca de TCC citando antigo Jornal cuiabano

06-10-2010 17:37

Camila Caroline e Simone Ishizuka obtiveram nota dez, no trabalho sobre a crítica cinematográfica presente no jornal O Pharol

Por Elaine Alves
 

 

Foto por: Elaine Alves

 

As alunas do 7º Semestre do curso de Jornalismo da Universidade de Cuiabá (UNIC), Simone Ishizuka e Camila Caroline, passaram pela banca de avaliação de monografia. Entre os avaliadores estavam os Professores Mestres, Aluízio Azevedo como membro interno e Elaine Rezende como membro externo. As acadêmicas, orientadas pela Prof. Me. Juliana Velasco, apresentaram um trabalho com o tema “Jornal O Pharol (1902-1925) -  o marco inicial da crítica cinematográfica em Mato Grosso”.

A escolha do tema surgiu depois que Simone leu um livro que falava sobre a chegada do cinema em Mato Grosso, Minha chefe, Lidiane Barros, editora do caderno de cultura do jornal Folha do Estado, me ajudou na escolha do tema, me passando o livro do cineasta mato-grossense Luiz Carlos de Oliveira Borges, "Memória do Cinema em Mato Grosso", e lá falava sobre a chegada do cinema na região, citando muitos jornais, dentre eles se encontrava o periódico O Pharol, que me chamou a atenção por conta das críticas sarcásticas com doses de humor”, Conta.

                                 Foto por: Elaine Alves

No decorrer da apresentação, as estudantes falaram sobre a importância que esse periódico teve em apresentar críticas bem-humoradas, a respeito da nova arte que se instalou na cidade em 1908. A chegada do cinematografo (como era chamado o cinema), proporcionou desenvolvimento industrial e cultural no estado, e os veículos de comunicação se adequaram a realizar críticas sobre o assunto. O Pharol além de apresentar aos leitores os acontecimentos das sessões, orientava como se comportar diante daquela novidade que estava chegando na capital cuiabana. Discutiram também sobre a disputa por público entre os empresários Salvador Teixeira e Guilherme Meldau, e nas linhas do jornal, a preferência era pelo primeiro citado.

Simone e Camila encontraram algumas dificuldades conforme o andamento do trabalho. Não existiam exemplares do jornal em Cuiabá, o único modo de visualizar como era o periódico, foi através de máquinas de microfilmagens complicadas de serem manuseadas, “Era difícil de se compreender as imagens pois tinham baixa qualidade, e os textos pertenciam à uma gramática antiga, ainda com fortes influências do português de Portugal”, completa Ishizuka. Apesar dos impecílios e algumas ponderações dos avaliadores, a dupla foi aprovada com nota dez. 

Conversamos com as estudantes sobre o trabalho, e você pode ouvir o podcast dessa entrevista clicando AQUI